terça-feira, 2 de junho de 2015

Expensive wines is a bullshit

Quando se fala em preços de vinhos, pensamos em qualidade, história e marketing!!!
Porém verdade seja dita, até quanto um vinho vale depois de colocarmos na ponta do lápis?E sim eu sei do que estou falando, pois eu e meu marido, produzimos vinho, pensamos em qualidade, estágios em madeira,quanto vai sair este vinho para o mercado, como fazer bom vinho e ter bom resultado com preços razoaveis, however , estamos sempre preocupados com as melhores garrafas, a rolha certa e obviamente o vinho que vai ser vendido no mercado e o marketing por trás disso.

Inclusive já falei sobre Vinhos mais caros do mundo aqui no Blog tempos atrás e sabemos bem que este mercado se faz necessário, assim como artigos de luxo e bens de consumos do mundo surrealmente caro.
Quando pensamos em preços e em quem estipula os preços de um vinho, também podemos e devemos lembrar do que vem por traz disso...quer um exemplo clássico??? Bordeaux !!! Sim as regiões de Bordeaux  foram e ainda se segue este modelo, classificadas pelo valor do vinho, lembrando que não se discutia diretamente a qualidade. Pronto temos aqui uma questão de denominação origem que foi ditada por quem vendia os vinhos,e ainda o faz.
Mas onde eu quero chegar? O cenário atual vem mudando e muito com os ultimos anos e antes tinha-se verdadeira adoração pelos vinhos caros e os grandes nomes e marcas que trazem status , assim como teve a febre dos Chefes de cozinhas como verdadeiras estrelas, Enologos como deuses do vinho e os sommelieres ufa, estes então...verdadeiros chatos cheio de verdades absolutas.Porém o cenário atual já não sustenta mais esta visão, pois o vinho tem sido visto de forma cada vez mais simples e penso eu de forma cada vez mais certa.Um publico cada vez mais jovem, tem escolhido o vinho como opção e o sommelier tem que rebolar para não ser entediante e inventar formas mais criativas para mostrar seus vinhos e fazer cartas mais atraentes, pois a oferta já é grande e entra muita coisa ruim e questionável no mercado.Uma opnião mais pessoal é que para ser sommelier hoje em dia, é preciso abrir a mente para todas as novidades no mercado de bebidas, digo mesmo todas,estudar e se atualizar e já não dá mais para fingir que sabe ou que faz só porque gosta de vinhos, tem que ser profissional, bem informado e inclusive acho que os sommeliers ganham e muito em aprender como os bartenders trabalham, uma variedade extraordinária de cores e sabores em suas bebidas.Claro que vai ter muito sommelier torcendo o nariz para o que eu acabei de dizer.
Resultado das analises de vinhos na universidade de Bordeaux 
Em uma competição sobre vinhos,na universidade de Bordeaux há um pouco mais de um ano atrás foram apresentados a cegas o mesmo vinhos aos jurados, claro que o resultado para o mesmo vinho com os mesmos provadores deram resultados completamente diferentes, o que nos faz questionar,ou pelo menos a mim, sobre as pontuações + marketing = preço.Inclusive forma provados vinhos brancos porém sendo ditos como tintos e o resultado foi engraçado, com frutos vermelhos e madeira em analises de vinhos brancos, quando se pensava que eram tintos (sim sr sommelier seu nariz é sugestionável, lide com isso).

Não, não estou sendo ingênua ou talvez seja, mas de qualquer forma não estou discutindo ainda sobre taxas e impostos, pois isso fica para outra matéria, mas sim o universo sobre o glamour que o vinho e seus autores, assim como os narizinhos de ouro ganham e muito neste contexto de vinhos mais caros, mais difíceis e com assinaturas muitas vezes que mais pasteurizam o vinho do que acrescentam na qualidade, pois não precisa ir longe para saber que se Michel Rolland assinou e o Parker pontuou foi porque perdeu estilo e terroir, mas ganhou madeira. E ainda no quesito Marketing, quem do mundo do vinho não assistiu Sideways e automaticamente passou a amar Pinot Noir e odiar a Merlot???? Assim como os preços fizeram o mesmo.

Porém o mercado mudou, esta acessível e mais interessante, os vinhos caros e as opiniões engomadas e cheio de flores se tornam chatos, desinteressantes.Quando perguntam me porque pensamos em fazer vinhos de preço acessível? A minha resposta é sempre a mesma, o vinho tem ter qualidade, tem que surpreender, tem que pagar as contas obviamente, mas tem que dar prazer e ser acessível, assim como os profissionais por trás dele.

Boa Degustação!!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sobre Pessoa Wines,enquanto alguns fazem vinhos,nós compartilhamos história.

Pessoa Wines é o meu projeto pessoal ao lado do enólogo Luso-Germanico Jorge Gonçalves.
Jorge estudou economia mas decidiu ser enólogo depois de ter feito a segunda faculdade em uma das melhores universidades de enologia do mundo em Geisenheim University na Alemanha, desde então Jorge fugiu do tradicional que seria trabalhar ou estagiar em uma grande empresa e passou a viajar e trabalhar em vinicolas como Fly Winemaker,adquirindo cultura e Know-How e conhecendo as diversas culturas vinícolas mundo a fora .
E foi na África do Sul ao lado da vinícola MAN que o enólogo passou a fazer vinhos com paixão e aperfeiçoar ainda mais sua experiência,vivenciando a modernidade do Novo Mundo com a elegância do Velho Mundo .Nesta altura que nasceu o desejo que desde de criança já existia, viver e desenvolver-se em Portugal,terra onde seus pais nasceram e o  País onde a paixão pelos vinhos vai além e onde o Terroir está presente em cada região é aqui que homem, solo e clima inspira a criar e foi da paixão pelo vinho,por Portugal e pela literatura portuguesa que nasceu o Pessoa Wines,inspirado pelo escritor Fernando Pessoa e pela figura do winemaker como sendo Pessoa da Vinha.
Vinhos com história: foram selecionados 4 regiões em  Portugal para fazer os topos de Gama do Pessoa Wines e cada região é relacionada a um heteronimo de Fenando Pessoa que conta com a história e personalidade dos heteronimos + o Terroir e caracteristicas dos vinhos, as regiões são :Douro, Vinho Verde,Beira Interior e Alentejo e os Heteronimos escolhidos são Ricardo Reis, Alvaro Campos o próprio Fernando Pessoa e uma homenagem a Ófelia Queiróz namorada de Fernando Pessoa.
Pessoa Wines também produz 3 vinhos de gama média que são Pessoa da vinha Douro, Vinho Verde e Beira Interior.
Neste momento eu Sommelière formada em gastronomia com mais de 5 anos de experiência no mercado,dona do terceiro nivel do wset um dos mais complexos e disputado nivel, além de ter estudos em vinhos, como marketing do vinho e negócios do mundo do vinho,experiências em grandes restaurantes e importadoras no Brasil,também trago na bagagem o cargo de Head Sommelier na Herdade do Esporão cargo que exerci e que deixo para assumir nosso projeto ,brasileira de coração escolhi Portugal como minha segunda pátria , deixo o Esporão assumindo o marketing e a frente do nosso Pessoa Wines.
Saiba mais sobre  Jorge Gonçalves e Lívia Novais, acompanhando a nossa trajetória pela pagina do Pessoa Wines ou aqui no Blog do segredos de baco =)


 
Nossa vida e paixão pelos vinhos se unem e trazem Portugal e a nossa essência em uma garrafa,enquanto alguns fazem vinhos,nós compartilhamos história.


Boa Degustação!!!!

9ª edição do Mania de Vinho - promovido pela Art des Caves

Imperdivel dia 12 acontece a 9ª edição do Mania de Vinho - promovido pela Art des Caves amanhã, a partir das 15 horas, no D&D Shopping.

Além de vinhos de importação exclusiva da Art des Caves, rótulos de outras importadoras como Expand, Calix, Ravin, entre outras, entram na promoção com descontos de até 50% e poderão ser degustados durante o evento. E você vai ficar fora dessa????O segredo de Baco apoia ;) Boa degustação!!!!

domingo, 29 de março de 2015

Terroir...South Africa




 Nasce uma ideia 

Terroir we are part of this...é o nome do meu projeto que visa conhecer culturas a partir dos seus vinhos,história e povo,  mês passado foi a vez da Africa do Sul, em uma temporada de 15 dias, participei da vindima e pude provar vinhos de vinicolas extremamente comerciais e industriais...até vinhos biodinamicos que foi o caso da visita em Malmesbury na região de Swartland, com o produtor chamado Billy um argentino naturalizado Sul Africano que esta a construir sua adega com containers...é esta mistura cultural que encanta,e nota-se nos vinhos.




Terra Vinícola do Cabo


Para os Europeus e Norte Americanos  a Africa do Sul especialmente a Cidade do Cabo e Cabo da boa Esperança, tem sido grande centro turístico, ainda mais com um verão longo maioritariamente ensolarado e um inverno suave mas húmido que dura de Maio a Setembro proporciona condições favoráveis a produção vinícola . Mas é a corrente de Benguela e os ventos Cape doctor os principais responsáveis pelo ameno clima que se vê na Africa do Sul, esta corrente fria ameniza os verões quentes e facilitam a produção vinícola.

História

Em 1652 um grupo de mercenários Holandeses desembarcou no Cabo da boa esperança para estabelecer uma base de abastecimento ao longo da rota de especiarias em nome da companhia holandesa das Índias Orientais. Uma vez que as condições para a produção de vinhos pareciam ser boas o comandante Jan Van Riebeck antigo médico do navio da companhia mandou rapidamente vir cepas da Europa.
Em 1679promulgou decretos que previam pesadas penalizações aos produtores  vinícolas no caso destes vindimarem suas uvas antes do estado de maturação ou fermentassem sumos em barris ou adegas sujas.
Embora os regulamentos proibissem os empregados das companhias de adquirir possessões coloniais, ou de participar em negócios por sua conta, van der Stel conseguiu abrir uma exceção para si próprio, consequentemente em 1685 conseguiu adquirir a sudoeste da Cidade do Cabo ,extensas propriedades às quais chamou de Constantia , estes vinhos foram muito bem trabalhados, chegando a ser mencionados ao mesmo nível dos mais considerados vinhos Europeus. Chegou a ser o vinho favorito de Napoleão a maior quantidade de Vins de Constance chegou a ser lhe fornecido durante os últimos anos da sua vida de exilio em Sta Helena.
A imigração de Franceses para a Africa do Sul, onde é hoje conhecida Franscshoek Valley estabeleceram propriedades que rapidamente ganharam notoriedade e enriqueceram o universo vínico da Africa do Sul, os seus descendentes continuam a desempenhar um importante papel até hoje na qualidade dos vinhos.
Em 1924 o governo concedeu poder a entidade KWV para fixar o preço dos vinhos usados para produzir Bradys no entanto esta medida não surtiu grande efeito para o tão desejado mercado dos vinhos fortificados, uma vez que a Africa do Sul é produtora de vinhos similares aos do vinhos do Porto.
Foi em 1940 que o governo passou todo o poder a KWV para supervisionar o setor vinícola o que passou a supervisionar não apenas os preços, mas também produção, castas permitidas, direitos de cultivos e métodos de produção, com todo este poder, produtores tiveram dificuldades de se desenvolver até 1994 quando a KWV deixou de ser o órgão regulamentador .
Outro fator que atrapalhou o desenvolvimento da produção na Africa do Sul, foi o boicote feito pelo por partes de outros países em protesto contra o Apartheid implicava que os vinhos sul africanos eram difíceis de exportar e com um consumo interno baixo, 9 litros por pessoa por ano, a procura por vinhos de qualidade era baixa.

 

 Um vinho de Origem

Em 1973 o Wine and Spirit Board montou um sistema através do qual seguindo o modelos Europeu o vinho na Africa do Sul passa a ser regulamentado como denominação de origem, quer dizer que o local indicado no rotulo é realmente a origem de todas as uvas, castas indicadas nos rótulos e  75% da varietal indicada no rotulo.
Existindo 5 subdivisões:
Estate: representa uma propriedade de uma ou mais quintas , tem que usar uvas exclusivas da sua própria região e a vinificação ocorrer nas suas própria instalações;
Ward : representa uma área vinícola pequena e exatamente definida.
District representa uma grande área vinícola por exemplo Stellenbosh ou Paarl
Region: refere-se a uma área extensa composta por vários distritos ou subdistritos por exemplo Breed River Valley ou Boberg
Wineland não é uma discrição oficial representa apenas a importância dos vinhos independentemente Da sua classificação .

Vinhos Saudáveis e limpos

O lema os vinhos da Africa do Sul, são saudáveis, limpos e amigos do meio ambiente é dirigido aos amantes dos vinhos de todo o mundo.
Desde de 2000 que toda a produção vinícola passou a ser integrada,
O uso de técnicas e praticas sustentáveis são marcas registradas sempre em harmonia com o meio ambiente se baseando na não utilização ou utilização mínima de fertilizantes sintéticos , isso garante que os vinhos não tenham mais que os níveis sugeridos para o consumo humano, tornando os vinhos mais saudáveis.
Preparação do solo, reciclagem dos vidros e de materiais de empacotamento, levando a Africa do Sul ir muito mais além dos outros países e isso tudo é regulamentado.
Este passo revolucionário foi resultado de anos de trabalho do conhecido Nietvoorbij Enological Institute em Stellenbosh onde as pesquisas mais importantes em termos de viticultura e enologia são levadas a cabo, e que há vários anos estão associados ao sistema P.I .

Vinhos Fáceis de beber?

Já há vinhos suficientes provenientes de vinhas saudáveis para demonstrar o extraordinário potencial da África do Sul, Embora as condições climatéricas gerais possam classificar como mediterrâneas há na realidade um espectro muito amplo, desde locais frios como Walker Bay até áreas desérticas como Klein Karoo.
A maioria das vinhas tem que ser irrigadas artificialmente uma vez que nos meses frequentemente muito secos e quentes Janeiro e Março as uvas simplesmente vegetariam ao invés de amadurecer. Por este motivo, pequenos lagos dos produtores forma um elemento característico da paisagem especialmente em Stellenbosh e Paarl.
Ate pouco tempo a industria estava orientada a vinhos de estilo fácil de beber .Estão a fazer isso com um considerável sucesso produzindo vinhos a preços surpreendentes baixos, esta forma industrial de pensar deve-se principalmente a estrutura das empresas. Uma propriedade tipica é constituída por 150 hectares, algo menor que 100 já é considerado pequeno.
Muitas das propriedades existentes e estabelecimentos vinícolas adicionaram conceitos de premium e super premium a suas gamas nos recentes anos e certamente que não tem que recear a comparação internacional. As zonas de climas mais moderados em especial, estão a demonstrar um potencial impressionante e em termos de vinhos de elevada qualidade e ainda há muito o que se fazer.

A África do sul é um conceito forte de Terroir, que produz vinhos únicos com toques de Novo mundo porém com elêgancia que se encontra nos vinhos Europeus, com forte influência dos Franceses e Holandeses .
Próximo post falarei mais do Terroir we are part of this de Portugal e tem novidades vindas da Alemanha e Argentina.

Boa Degustação!!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Bordéus- a classificação de um império


Bordéus –Fazer de um empório uma carreira

Bordéus é mais do que apenas o nome de uma famosa região vinícola. É o símbolo de um grande vinho em geral um modelo para todo vinho do mundo.

Bordéus é também a denominação mais extensa e de maior sucesso em França, produzindo mais de 4 milhões de hectolitros 1 hectolitro = 100 litros e mais de 100.000 ha de vinhas. Bordéus é um padrão de orientação para todos os países que querem fazer um corte de sucesso.

Bordéus é uma região vinícola com duas realidades distintas, por um lado é capaz de produzir alguns dos melhores e mais caros vinhos do mundo, por outro lado estes vinhos representam um pequena percentagem da produção total, tendo grande produção com pequenos produtores que lutam todos os dias pelos seus vinhos no mercado.




 
Clima
 
Bordéus tem clima marítimo moderado que se beneficia da corrente do Golfo que causa aquecimento, trazendo água morna desde o Caribe até o norte da Europa, prolongando a temporada de crescimento, o clima é basicamente marítimo moderado com grande precipitação, o que pode ser um problema, pois ocorre todo ano, em Bordéus o conceito de safra é algo a ser levado a sério, já que pode se ter variações consistentes na qualidade de uma safra a outra.
 
Viticultura: Os solos de Bordéus são variados o que naturalmente faz uma selecção de castas, sabendo-se que a precipitação é alta, a definição de qual uva ira maturar com êxito em Bordéus depende do seu solo.
O trabalho feito em Bordéus gira em torno de qualidade, que vem melhorando gradualmente, com a gestão da vinha, produções menores, melhores porta enxertos, mas são as doenças fúngicas o maior problema de Bordéus e controle de maturação da uva que gira em torno da alta precipitação e umidade do solo.
Condução em espaldeira, a monda de cachos r a desfolha tem dado como resultados uvas mais saudáveis, além disso os melhores produtores tem rejeitados toda uva em ma condição, realizando uma triagem depois das uvas terem sido colhidas geralmente feita manualmente ou com maquinaria especializadas no caso de produtores mais ricos.
Dada esta vasta selecção, os cuidados com a vinha e a priorização da qualidade, reflecte em vinhos mais caros e alguns dos melhores vinhos do mundo que fazem de Bordéus um estilo a ser seguido.
Castas: Em ruma região onde praticamente todos os vinhos são feitos de corte, tantos os tintos como os brancos e isso não é assim por um acaso a variabilidade do clima e a grande precipitação faz com que seja arriscado depender apenas de uma determinada uva, dando abertura aos cortes, as distintas castas permitidas m bordéus amadurecem em tempos diferentes o que significa que dificilmente uma forte geada ou chuva possam estragar uma safra inteira.
 
As regras de denominação permitem 13 castas diferentes, porém são usadas na pratica apenas 3 tintas e 2 brancas.
 
Cabernet Sauvignon: ( Haut Médoc) com ajuda do solo de predominância de cascalho, que irão enviar calor a casta, Haut Médoc é o melhor solo em Bordéus para  maturação da Cabernet Sauvignon, originando vinhos tânicos que aceitam muito bem madeira e que tem um núcleo de fruta tipo groselha preta, em bordéus é sempre cortada com merlot .
 
Cabernet Franc (Saint Emilion) Origina vinhos com menos corpo, taninos e refinamentos do que a Cabernet Sauvignon embora existam notáveis excessões.Tem uma fragância marcada que é seu ponto forte no corte final.
 
Merlot: (Saint Emilion e Pomerol) A merlot é a casta mais plantada em bordéus origina vinhos com muito corpo e pouco tânicos os quais também maduram mais cedo do que a cabernet sauvignon é responsável pela suavidade, riqueza e corpo quando adicionada a austera cabernet sauvignon.
 
Petit Verdot: Só amadurece plenamente em anos muito quentes, originando vinhos tânicos com cores profundas que envelhecem lentamente.
 
Castas Brancas
 
Semillon: é a casta branca mais plantada em bordéus devido a sua pele fina e sua afinidade com a podridão nobre é muito utilizada para vinhos doces,dando vinhos com cor dourada e muito corpo.
 
Sauvignon Blanc: Em bordéus a sauvignon blanc origina vinhos com distintos aromas herbáceos, a gramíneas e a flor de sabugueiro.
 
Muscadelle: Esta casta tem um pronunciado sabor floral e a uvas, desempenhando um importante papel secundário na produção de vinhos doces e secos.
 
 
 
 
 
 
O Terroir Ideal: No que diz respeito ás condições dos solos, podem distinguir-se três zonas na vastíssima região de Bordéus, formando cada uma delas uma entidade independente , sendo assim Bordéus não é uma zona única de vinhedos , uma denominação homogénea, mas sim uma rede com 54 denominações complicadas e hierarquicamente subdivididas
 
Principais áreas de Bordéus os rios Dordogne e Garonne confluem formando um estuário do Gironde (Gironda em Português ) que dividem as vinhas de Bordéus em três grandes áreas, a Oeste e Sul de Gironde/Garonne encontra-se os distritos de Médoc, Graves e Sauternes esta área é chamada de margem esquerda . A maior área comprometida entre Dordogne  e Garonne é coberta pela denominação Entre Deux Mers. Por último os principais distritos localizados a norte e leste do Gironde e do Dorgogne são Sain`t Emilion e Pomerol conhecida como Margem Direita
 
Os tintos de Médoc e de Graves
A longa área de vinhas entre o Gironde e o mar é dividida em dois pela cidade de Bordéus. A norte encontra-se Médoc e a sul Graves dento destas sub regiões os melhores vinhos tintos de qualidade são produzidos em Haut Médoc e em Pessac Léognan onde as vinhas são dominadas pela cabernet sauvignon , os melhores vinhos são muito estruturados com níveis altos de taninos e acidez, e tem um núcleo concentrado de fruta tipo groselha preta recoberto por sabores de madeira de carvalho tostada. Podem envelhecer durante décadas e desenvolver aromas de caixa de charutos e de cedro.
 
Os tintos de Libourne
 
Os vinhos da Margem Direita denomina Merlot e em menor medida a Cabernet Franc, Saint Emilion é a maior das duas denominações com três grupos de vinhas distintos que se encontram em diferentes solos. Em primeiro lugar estão as vinhas situadas em Planalto a norte e a Oeste de Saint Emilion, aqui os solos são calcários quentes e com boa drenagem características que encorajam a plantação de cabernet franc. Em segundo lugar são as vinhas situadas para sul e leste, as quais encontram solos de argila calcário. Os vinhos mais prestigiosos de Saint Emilion, incluindo uma grande parte dos vinhos Grand Cru Classé e muitos dos vinhos que recebem a classificação Saint Emilion Grand Cru AC, provém destas duas sub regiões.
 
A reputação de Pomerol AC, denominação da origem vizinha é tão boa quanto a de Saint Emilion mas os preços dos seus vizinhos podem ser mais altos pois a maioria das propriedades são muito pequenas pelo que o vinho conseguem ter mais preço devido a raridade de seus produtos, os vinhos tendem ser a ser mais ricos e com carater de fruta mais especiado e do tipo amora. Entre as vinhas de maior reputação encontra-se PÉTRUS e Le Pin.
 
Cotes de Bordeaux
Uma mudança introduzida recentemente tentou reunir numa só denominação de origem áreas produtoras de vinho tinto de melhor qualidade mas que são menos conhecidas. Desde de 2008 Blaye Cadillac, Castillon e Francs podem colocar os seus nomes a frente de Côtes de Bordeaux AC. Apesar de se tratar de um grupo heterogéneo de denominações os seus vinhos podem ser considerados como pertencentes de um único grupo. Estes vinhos tendem a ter por base a Merlot e a estar destinados ao consumo imediato.
 
Vinhos Brancos secos de qualidade superior


 
A Sauvignon Blanc é agora normalmente o componente principal dos melhores brancos secos sem madeira que provêm dos solos mais arenosos no Sul, nas denominações de GRAVES AC e Entre Deux Mers AC , a falta de denominações mais especificas para vinhos brancos faz com que excelentes vinhos brancos secos elaborados em Médoc e em Sauternes sejam comercializados sobre denominação genérica Bordeaux.
A denominação de Origem Passac Léognan AC é o lar dos melhores brrancos secos e de todos os château cru classé que produzem vinhos brancos secos.
 
Vinhos Doces
 
As melhores denominações de vinhos doces de Bordéus estão agrupados nas margens do Garonne e do seu afluente o Ciron. A frescura dos rios origina manhãs de outono enevoadas criando condições ideais a botrytis em uvas completamente maduras. O passerillage pode ter especial importância nos anos em que a botrytis é pouco intensa.
 
Os melhores vinhos provém de Sauternes AC denominação localizadana margem oeste do Garonne. A Sémillon predomina aqui devido a sua pele fina e a suscetibilidade para a botrytis. A Sauvignon Blanc traz acidez refrescante e aromas frutados e a Muscadelle quando usada adiciona um perfume exótico.